sexta-feira, 9 de março de 2012

Entrevista Deputado Jean Willys

Movimentos Sociais, Direitos e Cidadania: MOVIMENTO GLBTTS

O objetivo desta postagem é possibilitar aos estudantes e pesquisadores em movimentos sociais a possibilidade de encontrar de forma mais ágil e acessível o link de diversos movimentos sociais e entidades do movimento GLBTTS.

Somos Iguais, Diversos e Plurais

O SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade é uma organização da sociedade civil criada em 10 de dezembro de 2001, formada por uma equipe multidisciplinar de profissionais das áreas da Educação, Saúde, 
Direito, Comunicação e Cultura
.
Nossa missão é trabalhar por uma cultura de respeito às sexualidades através da educação da sociedade e afirmação de direitos. Acreditamos que aprender, fazer e compartilhar; transparência; inquietude; criatividade; inovação; e a ética do cuidado de si são valores fundamentais.

Desenvolvemos projetos de nas áreas de Educação através da realização de oficinas de sexualidade, gênero, poder e orientação sexual, trabalhando temas como Homofobia, Saúde e Direitos Humanos.



Dados sobre a população negra no Brasil

A desigualdade racial no Brasil é escandalosa, um crime "naturalilzado" pela ideologia branca-dominante. Trata-se de, sobretudo, uma questão de classe, mas que tem uma forte conotação racial.
Os dados abaixo estão disponíveis no sítio da Ong CRIOLA



DADOS DO RACISMO
Desigualdade Racial em Números no Brasil Moderno

“O desinteresse pelas coisas que dizem respeito
ao negro é o que chamamos invisibilidade.”
Hélio Santos, A Busca de um Caminho para o Brasil
São Paulo, Editora SENAC São Paulo, 2001

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

                                                                                Marcelo Paixão, 2000
________________________________________________________
Fator regional:
Segundo o economista e professor da UFRJ Marcelo Paixão, autor da pesquisa, o diferencial entre o IDH de brancos e negros é mais acentuado na região sul (48 postos a favor dos brancos) e sudeste (46 postos a favor dos brancos).
_______________________________________________________________

IDH AJUSTADO AO GÊNERO/ IDG 1999

                                                                                        
Wânia Sant’Anna, 2001

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER, 1998:

                                                                                                  Marcelo Paixão, 2000

________________________________________________________
Mortalidade Materna:Pesquisa de Alaerte Martins no estado do Paraná, informa que o risco de morte das mulheres negras é 7,4 vezes maior do que o das brancas. E nos lembra, citando a Organização Mundial de Saúde que “uma morte materna afeta diretamente um número grande de membros da família e da comunidade que depende dela. As mortes maternas, quando muitas, podem produzir graves conseqüências para as comunidades, as nações e a população.”
- Ver artigo Maior Risco para Mulheres Negras no Brasil, Jornal da Rede Saúde nº 23, março de 2001
_______________________________________________________________

MORTALIDADE INFANTIL, 1997

                                                                                                                   
Celso C. S. Simões

Afirma Estela Cunha que, segundo os dados, os filhos de mães negras no nordeste têm um risco de morte antes de completar 1 ano de vida 44% maior do que os filhos de mães negras residentes no sul. E que, se comparados aos filhos de mães brancas residentes na região sul ,os filhos de mães negras residentes no nordeste tem um risco 63% maior de morrer antes de completar 1 ano.
- Ver artigo , Mortalidade Infantil e Raça: as diferenças da desigualdade, Jornal da Rede Saúde nº 23, março de 2001

ACESSO À EDUCAÇÃO, 1992 - 2001:

 
IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

ACESSO À SAÚDE, 1998:

IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

COBERTURA DO SUS, 1998:

 
IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

ATENDIMENTO DIFERENCIADO:

                                                                                   
Maria do Carmo Leal e Silvana G. N. Gama, 2003

CARTEIRA ASSINADA, 1992 - 2001:

IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

COBERTURA PREVIDENCIÁRIA, 1992 - 2001:

 
IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

TRABALHO INFANTIL, 1992 -2001
             
IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

ACESSO À MORADIA, 1992 - 2001:

 
IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

OCUPAÇÃO DE MORADIA INADEQUADA, 1992 - 2001:
       
IPEA, Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos 2003

MEIO AMBIENTE:A idéia de que a degradação ambiental, a contaminação – ou (...) os efeitos adversos da mudança climática – se distribui igualmente está presente e invade a retórica e as políticas de demasiadas instituições encarregadas de proteger o ambiente ‘global’. (...)[E] distraem aos funcionários que determinam as políticas e aos acadêmicos de se darem conta de que existe um padrão de exposição desproporcional a danos ambientais e degradação entre aqueles que se encontram marginalizados.
Globalmente, aqueles nas margens tendem a ser minorias raciais ou étnicas, pobres, menos escolarizados, sem poder político, ou todas as anteriores.
- Dorsey, Michael K. Justicia ambiental para todos! – incluyindo los pobres!, 2002

RACISMO AMBIENTAL NOS EUA:
• Há depósitos clandestinos de lixo tóxico em 3 de cada 5 comunidades afroamericanas ou latinas;
• Três dos cinco maiores poluidores comerciais de lixo tóxico estão instalados em comunidades predominantemente negras ou latinas

"DE QUEM VOCÊ TEM MAIS MEDO: POLÍCIA OU BANDIDO?"

LETALIDADE DA AÇÃO POLICIAL, RJ, 1993 - 1996:

                                                                         
Ignácio Cano

Homicídios por 100 mil hab., 2000

                                                                                                
Gláucio A. D. Soares
________________________________________________________

Com base nas taxas por 100 mil habitantes, em 2001, para cada 100 brancos morreram assassinados (vítimas de homicídios) 170 negros (soma de “pretos” e “pardos”).
Se negros e brancos tivessem a mesma taxa de homicídios, 5647 negros não teriam sido assassinados no Brasil, em um único ano.
As taxas homicídios de “pretos” e “pardos” são estatisticamente diferentes. Os “pretos” em 2000 tiveram taxa de vitimização por homicídios 24% mais alta do que “pardos”, indicando que a cor da pele/raça influenciou o risco de ser assassinado e que quanto mais negro, maiores as chances.
- Soares, Gláucio Ary Dillon, exposição A cor da morte, apresentada no
seminário Violência e Racismo,Candido Mendes, setembro de 2000
________________________________________________________
Acesso à Justiça:
Réus negros tendem a ser mais perseguidos pela vigilância policial;
• Réus  negros experimentam maiores obstáculos de acesso à justiça criminal e maiores dificuldades de usufruir do direito de ampla defesa assegurado pelas normas constitucionais;
• Em decorrência, réus negros tendem a merecer um tratamento penal mais rigoroso, representado pela maior probabilidade de serem punidos comparativamente aos réus brancos.
Adorno, Sérgio. Violência e racismo: discriminação
no acesso à justiça penal. 1996 

________________________________________________________
Hoje, a negação da realidade social da “raça” e da necessidade que dela decorre de focalizar as políticas públicas nos segmentos historicamente discriminados se presta à perpetuação da exclusão e dos privilégios que a ideologia que o sustenta produziu e reproduz cotidianamente.
Sueli Carneiro, Ideologia Tortuosa. Brasília, Correio Braziliense, 2003________________________________________________________

Dados coletados e Organizados por Jurema Werneck (CRIOLA/ RJ)

Movimentos Sociais, Direitos e Cidadania: MOVIMENTO NEGRO

O objetivo desta postagem é possibilitar aos estudantes e pesquisadores em movimentos sociais a possibilidade de encontrar de forma mais ágil e acessível o link de diversos movimentos sociais e entidades do movimento Negro, GLBTTS, Feminista, Estudantil, Sindical, Sem Teto, Sem Terra e Ambientalista.



Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial 

Criada pela Medida Provisória n° 111, de 21 de março de 2003, convertida na Lei 10.678, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República nasce do reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro brasileiro. A data é emblemática, pois em todo o mundo celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, 20.000 negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos.

Finalidades:
- Formulação, coordenação e articulação de políticas e diretrizes para a promoção da igualdade racial;
- Formulação, coordenação e avaliação das políicas públicas afirmativas de promoção da igualdade e da proteção dos direitos de indivíduos e grupos étnicos, com ênfase na população negra, afetados por discriminação racial e demais formas de intolerância;
- Articulação, promoção e acompanhamento da execução dos programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, voltados à implementação da promoção da igualdade racial;
- Coordenação e acompanhamento das políticas transversais de governo para a promoção da igualdade racial;
- Planejamento, coordenação da execução e avaliação do Programa Nacional de Ações Afirmativas;
- Acompanhamento da implementação de legislação de ação afirmativa e definição de ações públicas que visem o cumprimento de acordos, convenções e outros instrumentos congêneeres assinados pelo Brasil, nos aspectos relativos à promoção da igualdade e combate à discriminação racial ou étnica.


Fundação Cultural Palmares

Criada em 1988, a Fundação Cultural Palmares é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira. Preocupada com a igualdade racial e com a valorização das manifestações de matriz africana, a Palmares formula e implanta políticas públicas que potencializam a participação da população negra brasileira nos processos de desenvolvimento do País.
Fruto do movimento negro brasileiro, a Fundação Cultural Palmares foi o primeiro órgão federal criado para promover a preservação, a proteção e a disseminação da cultura negra. Em seu planejamento estratégico, a instituição reconhece como valores fundamentais:


COMPROMETIMENTO com o combate ao racismo, a promoção da igualdade, a valorização, difusão e preservação da cultura negra.
CIDADANIA no exercício dos direitos e garantias individuais e coletivas da população negra em suas manifestações culturais;
DIVERSIDADE, no reconhecimento e respeito às identidades culturais do povo brasileiro.
UNEGRO, União de Negros pela Igualdade

A UNEGRO é uma organização do movimento negro fundada em 14 de julho de 1988, na cidade de Salvador / Ba, em pleno processo de redemocratização do País, e tem por objetivo precípuo o combate ao racismo e toda forma de discriminação e opressão social. Os seus 23 anos de existência são marcados pela defesa da vida, cidadania e igualdade de oportunidades para a maioria da população brasileira. Hoje a UNEGRO está organizada em 24 Estados da Federação, conta com uma Coordenação Nacional, Executiva Nacional e Secretaria Nacional, sediada em São Paulo.


Desde a sua criação participa ativamente das principais atividades do movimento negro brasileiro, contribuindo com a construção, mobilização, divulgação e execução de eventos e campanhas como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação do Racismo, o Dia Nacional da Consciência Negra, o Movimento Brasil Outros 500 Resistência Negra, Indígena e Popular, que culminou com o protesto de Porto Seguro, em 22 de abril de 2000, a Marcha à Brasília pelos 300 anos da Imortalidade de Zumbi dos Palmares, além da Marcha Zumbi+10 realizada em 22 de novembro de 2005.




A UNEGRO desempenhou papel importante na construção do I Encontro Nacional de Entidades Negras; no Congresso Continental dos Povos Negros das Américas, encontros nacionais de mulheres negras, trabalhadores e sindicalistas anti-racismo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), entre outras iniciativas. Vale ressaltar a participação na III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban, na África do Sul em 2001. 




Geledés

Geledés - Instituto da Mulher Negra foi criado em 30 de abril de 1988.


É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.



Posiciona-se também contra todas as demais formas de discriminação que limitam a realização da plena cidadania, tais como: a homofobia, a lesbofobia, os preconceitos 




regionais, de credo, opinião e de classe social.




Portal Raízes Negras

O INSTITUTO DE CIDADANIA RAÍZES fundado em 1999 é uma Organização Social de Interesse Público e sem fins lucrativos, que contribui com a sociedade através do desenvolvimento de projetos nas áreas de habitação, educação, qualificação profissional, inclusão digital, intermediação de estágio, educação ambiental, economia solidária e segurança alimentar.
Ao longo dos últimos dez anos a entidade se ocupou em gerar oportunidades de inserção social às camadas da população que se encontram em situação de vulnerabilidade e com grande dificuldade de acesso às ferramentas de inclusão do mundo globalizado.









segunda-feira, 5 de março de 2012